quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Avebury

Manor Avebury ( Avebury em Wiltshire) pertenceu à diferentes famílias, como mostra a série da BBC "The Manor Reborn", até ser adquirido pelo escocês Alexander Keiller (1889-1955).

Keiller era arqueólogo e empresário,  herdeiro da James Keiller & Son, uma confeitaria fundada em 1797 que exportava "marmalade" para todo o Império Britânico.

Perdeu o pai aos nove anos, ficando como único  herdeiro da riqueza gerada pelo negócio da família. Estudou em Hazelwood School em Surrey, posteriormente, foi enviado para Eton College. Lá permaneceu até os dezessete anos, quando perdeu a mãe e voltou para casa para administrar os negócios da família.

Keiller usou sua riqueza para  adquirir um total de 950 acres (3,8 km2) de terra em Avebury para a preservação do sítio arqueológico datado de 2600 aC - um monumento megalítico, composto de três grandes círculos de pedras. Além de "Silbury Hill", considerada a maior colina da Europa, feita pelo homem na pré-história e de "West Kennet Long Barrow" ,  uma câmara funerária de 5.500 anos.

Na década de 1930, Keiller conduziu as escavações, reergueu várias pedras, e no estábulo do Manor, criou um museu, onde muitas de suas descobertas encontram-se alojadas até hoje. Foi também o pioneiro em fotografia aérea para a interpretação arqueológica do site.

Em 1943 vendeu a propriedade para a National Trust por apenas seu valor agrícola.

A propriedade, hoje administrada pela National Trust, abriga, também, a igreja "St James Church Avebury", uma construção anglo-saxônica datada de aproximadamente 1000 dC e rodeada por um típico cemitério inglês. 


Para um passeio turístico mágico e cheio de mistérios, acesse o site http://stonehengetours.com/weird-wiltshire-stonehenge-crop-circle-tour.htm.

Se preferir, você pode alugar um carro (com GPS) e visitar a região no seu ritmo sem ter que ficar preso ao cronograma de uma agência.

Veja também http://www.nationaltrust.org.uk/avebury/wildlife/.



quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Culzean Castle - Escócia

Se você conseguir e caso não consiga, use as fotos para ajudar a sua imaginação a pensar em um castelo na costa de Escócia, no Mar do Norte, situado dentro de uma grande área verde com criação de veados.

Neste castelo desabitado e aberto ao público, dizem que moram sete fantasmas. Sabe-se, que um é violinista e, entre eles tem, também, uma criada da casa.

Foi matéria no programa "Most Haunted" , em 2002, trata-se de um reality show paranormal britânico, o qual explorou as histórias paranormais do castelo e colheu relatos de avistamentos de fantasmas.

Se os fantasmas existem ou não é apenas um detalhe! Se eu fosse um fantasma era lá que eu queria morar, apesar do violonista. Será que ele toca Mendelssohn?


Hoje a propriedade pertence a National Trust for Scotland, foi doado pela família Kennedy (que não tem ligação com os Kennedys da América do Norte). Em 1945, a família resolveu mudar-se para outro castelo, e para se ver livre dos impostos sobre herança doou a propriedade para a National Trust. 

Se você reparar em uma nota de cinco libras emitida pelo Royal Bank of Scotland (a partir de 1987), poderá observar em seu verso uma ilustração do castelo.





O filme  cult britânico "The Wicker Man" (1973), dirigido por Robin Hardy, no qual a história se passa em uma ilha fictícia inspirada na verdadeira ilha de Saint Kilda, localizada na costa noroeste da Escócia, foi filmado no Culzean Castle, que foi usado como a  residência de Lord Summerside (Christopher Lee).





Além do castelo, você tem quilômetros de área verde para explorar, com florestas mistas e maravilhosos jardins.

Cães são permitidos, desde de que estejam usando coleiras, exceto nos jardins e nas áreas dos edifícios.

Eles alugam o castelo para eventos e casamentos, caso você conheça um lorde escocês, não se esqueça de convidar-me para o casamento, uma vez que eu dei a dica. 

A melhor época para se visitar o castelo é na primavera, quando a natureza está explodindo em diferentes cores e perfumes.

No local, há restaurante, mas desfrute cem por cento da natureza e leve sua cesta de piquenique.

Para maiores informações visite o site www.nts.org.uk  ou telefone para 0844-493 2149.




segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Big Pit National Coal Museum



Big Pit National Coal Museum é uma antiga mina de carvão desativada, que tornou-se um dos principais museus de mineração da Grã-Bretanha. 


Após colocar todos os equipamentos de segurança (capacete, lanterna de cabeça, cinto, bateria e self rescuer),tal como um mineiro, você é guiado a 90 metros abaixo do solo durante 50 minutos.




A medida que você vai descendo, a vida miserável dos mineiros vai se revelando. No inicio da mineração não havia equipamentos de segurança, muitos precisaram morrer para que  algumas medidas de segurança fossem tomadas.

Os filhos dos mineradores tinham um só destino: ser minerador como o pai. As crianças eram levadas para baixo antes dos dez anos, assim poderiam se acostumarem com o escuro.

Nas galerias, as portas precisam permanecer sempre fechadas e essa era a tarefa das meninas, quando elas se acostumavam com o escuro, acabavam por pegar no sono, mas os ratos nunca dormiam.

Não havia lanternas, a iluminação era feita com velas e cada mineiro tinha que comprar a sua própria iluminação.





É como ler Ken Follet, no primeiro volume da trilogia O Século - Queda dos Gigantes - ele narra a vida dos mineiros galeses. O trabalho pesado, insalubre, arriscado, mal remunerado, a vida encerrada por doenças pulmonares ou acidentes trágicos para enriquecer os nobres, os aristocratas, os donos da terra - não saiu da imaginação do autor - foram fatos reais que construíram a Grã-Bretanha.

Estamos acostumados com  a beleza arquitetônica da Europa, prédios medievais em ótimo estado de conservação, parques e jardins maravilhosos, mas é preciso descer a 90 metros abaixo da superfície para conhecer um pouco da história que nossos olhos não podem alcançar.

Talvez esse conhecimento nos faça parar de comparar o Brasil com a Europa de hoje - não é justo comparar um Brasil de 500 anos com uma Europa de 2.000 anos.


More information:
Big Pit is open seven days a week from February until the end of November, 9.30am - 5pm. Underground tours, 10am - 3.30pm. Children must be one metre tall to do underground.
www.museumwales.ac.uk or call (029) 2057-3650.

sábado, 1 de novembro de 2014

Portmeirion

Imagine uma aldeia em estilo italiano que mais se assemelha a uma maquete, cuidadosamente criada explorando a harmonia de cada detalhe.

O arquiteto galês Clough Willians-Ellis (1883-1978), construiu essa preciosa aldeia em estilo italiano, em uma península particular na baía de Cardigan, no País de Gales (Wales). 

Ele queria mostrar que o desenvolvimento em um local de grande beleza natural, não precisava ser contaminado por construções grotescas e, que um bom projeto arquitetônico poderia se revelar, também, em um negócio lucrativo.                          

Não consigo deixar de pensar que pena que Sir Willians-Ellis não nasceu em Ubatuba! Quando lembro como a região da Mata Atlântica tem sido tratada, desejo que os responsáveis queimem na sétima camada do inferno de Dante.

 Portmeirion recebe visitas o ano todo das 9:30 da manhã até às 7:30 da noite. Você pode comprar o seu ticket antecipadamente pelo site www.portmeirion-village.com e se você  mora na Inglaterra pode optar pelo ticket anual de entrada ilimitada; basta se inscrever para um passe anual que custa o equivalente a dois bilhetes de entrada padrão.

Se for apenas passar o dia terá a opção de comer em um dos restaurantes ou poderá fazer o que todo inglês faz na primavera: preparar uma bela cesta de piquenique (não esqueça a garrafa de vinho) e procurar uma sombra para lanchar. 

Existe também a opção de se hospedar no Hotel Portmeirion ou alugar um self-catering cottage.

Seja qual for a opção que você escolher, será uma experiência inesquecível. É o palco ideal para escrever um livro, repensar na vida, desfrutar do ócio sem sentir culpa. 

Portmeirion, Minffordd, LL48 6ER - telefone 01766770000.